Amazonas Energia instala mais uma passarela de fauna para aumentar a conectividade da espécie saium-de-coleira

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Assessoria de Imprensa

A instalação se deu em parceria capitaneada pelo projeto Sauim-de-Coleira da UFAM

A concessionária Amazonas Energia em parceria com o Projeto Sauim-de-Coleira, da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) instalou  no dia 29/11, mais uma passarela de fauna para os macaquinhos tão característicos da região de Manaus.

Desta vez, a passarela suspensa vai interligar o igarapé Goiabinha, que corta a avenida Coronel Taborda de Miranda, no bairro Cidade Nova, zona norte da capital.

Equipes da Amazonas Energia instalaram os postes, a passarela suspensa, e trocaram a fiação elétrica, substituindo os cabos (nus) de energia por fiação com blindagem, garantindo assim maior proteção aos animais ameaçados de extinção.

A analista ambiental e mestre em biologia Eliza Sena, da Amazonas Energia, informou que a concessionária e o projeto Sauim-de-Coleira selecionaram os locais na capital do Amazonas que permitissem promover uma conexão entre os fragmentos florestais dentro da cidade de Manaus, com o objetivo de ampliar a área de vida dos macacos, por meio das passarelas de fauna.

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“A gente começou a selecionar os locais mais adequados para inserir passarelas de fauna. Então, não necessariamente aqui é um ponto de grande ocorrência da espécie ou mesmo um ponto de acidentes frequentes. A gente tem buscado maneiras de inserir dispositivos de ampliar a área de vida desse animal. Quando a gente coloca uma passarela aqui, onde tem um fragmento florestal, onde tem um igarapé, onde tem árvore, a gente começa a dar opções para que eles transitem e procurem alimentos ou montem seus próprios grupos, ou seja, suas próprias famílias”, explicou a bióloga, destacando as características do macaquinho.

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“O sauim-de-coleira é uma espécie social, então, ele vive em grupos. E, quando nascem os filhotes, crescem e entram em período reprodutivo, podem procurar fêmeas e estruturar o próprio grupo. Dessa forma, quando ampliamos as opções de área de vida a gente promove a manutenção da espécie e permite o crescimento populacional, fazendo com que essa espécie se mantenha viável ao longo do tempo.

Com a pressão das atividades urbanas e o desmatamento desenfreado, a gente diminui muito as áreas de vida disponíveis, afetando a qualidade de vida e levando a um aumento de mortes por diversos fatores que não somente da ação humana”, completou a bióloga.

Corredor

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De acordo com o doutor em Biologia Marcelo Gordo, coordenador do Projeto Sauim-de-coleira, a nova passarela suspensa vai criar uma conexão de mobilidade para a espécie em toda a região de Área de Proteção Ambiental Sauim de Manaus, por meio do igarapé Goiabinha.

“Tem que pensar é em termos futuros. Então, aqui, provavelmente não tem atropelamento porque os animais não estão chegando até aqui, porque é uma via de alto fluxo. Então, acaba funcionando como uma barreira. Provavelmente os animais chegam mais ou menos próximos e essa movimentação, essa falta de vegetação, faz com que eles não tenham coragem de atravessar. Qual a importância dessa área? É que esse igarapé Goiabinha ao longo da sua APP (Área de Proteção Permanente), todo ele está inserido dentro da APA Sauim de Manaus”, declarou o cientista, completando: “Então, é uma unidade de conservação. Esse local aqui é parte da unidade de conservação e essa conexão que ele (igarapé) acaba fazendo de floresta pela mata ciliar que ele tem, que ele ainda tem, ou deveria ter, seria um corredor ecológico na prática, de modo que poderia ser efetivo, o que ele ainda não está sendo, porque duvido que os bichos estejam atravessando aqui atualmente. Mas ele é o caminho mais evidente de conexão entre os animais que estão lá no parque Sumaúma com alguns outros fragmentos que estão mais ali ao norte, e com os outros animais que estão nos fragmentos um pouco mais ao sul, chegando até o corredor ecológico do igarapé do Mindu e no parque do Mindu, inclusive”, explicou Marcelo Godo. 

Estima-se que existam cerca de 36 mil exemplares da espécie ao longo de sua distribuição geográfica restrita à região Manaus. As passarelas servem como forma de compensação ambiental após a Amazonas Energia instalar rede elétrica ou usinas em espaços de circulação dos primatas, com licença concedida pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A primeira passarela feita pela empresa foi inaugurada no dia 06 de junho de 2023, no Parque Sumaúma, próximo à avenida Governador José Lindoso (das Torres), zona Norte de Manaus. Incialmente, a empresa e o projeto previram instalar cinco passarelas as quais estão chegando na reta final. Contudo, a parceria objetiva aumentar o número de passarelas suspensas, podendo atingir o total de 10 em 2024.

Amazonas Energia S/A